A CIDADE QUE QUEREMOS, A CIDADE QUE PRECISAMOS!

 A CIDADE QUE QUEREMOS, A CIDADE QUE PRECISAMOS!



Foto de Nancy Bourque no Pexels


A busca de melhores oportunidades tais como acesso a educação, ofertas de emprego acesso a cultura e lazer, acesso a centros médico hospitalares, enfim, tudo isto foi contribuindo crescentemente para que hoje mais da metade da população mundial se concentre em zonas urbanas e consequentemente uma intensa e desordenada urbanização com o maior consumo de todo tipo de produtos e serviços. Com isto as cidades vêm tornando-se cada vez mais locais de maior degradação ambiental, com geração diária de toneladas de lixo e esgoto, emissões de gases tóxicos e poluentes, elevada queima de combustíveis fósseis entre outras formas de agressão ao meio. Isto somado as grandes transformações socioeconômicas, ambientais, tecnológicas e culturais nos dá a sensação de que há uma crise de governança e de valores, onde é vendida uma ideia totalmente equivocada a respeito de Crescimento e Desenvolvimento. Você amigo leitor, já parou para refletir que em se falando de cidades, crescimento e desenvolvimento não são sinônimos? E o que é melhor para nós que vivemos a cidade? Desenvolvimento ou Crescimento? (Eis um tema oportuno para se refletir as vésperas das eleições municipais, mas não vou discorrer sobre isto agora, deixo apenas a pergunta).

 Mas apesar de toda esta problemática, ainda está em tempo de minimizarmos e coibirmos certas ações e tornarmos as cidades ambientes mais agradáveis, seguros e saudáveis para se viver. Dentre as grandes ferramentas para isto posso citar o Planejamento Urbano voltado para o Urbanismo Sustentável. Um modelo de urbanismo que propõe construir cidades de forma inteligente, pensada para seus habitantes hoje e para os próximos anos, que busca tornar a cidade sustentável, segura e agradável para as atuais e as próximas gerações que irão habitá-la.  Este Planejamento deve considerar as interações existentes entre os diferentes aspectos do município: econômico, cultural, social, ecológico, tecnológico, tributário, demográfico etc.; envolvendo os diversos órgãos municipais relacionados a esses temas e realizar uma análise integrada de todas as informações. A cidade deve ser vista entendida e planejada como um todo, e não de forma segmentada, pois do contrário ações de um segmento poderão refletir de forma negativa em outro, como vemos ocorrer há anos! (Como por exemplo: a secretaria de obras resolve limpar o rio e coloca os sedimentos na margem do mesmo causando um problema para a secretaria de meio ambiente). O planejamento também deve considerar os projetos a curto, médio e longo prazo, assegurando a continuidade dos programas, especialmente obras de infraestruturas e programas de benefícios aos cidadãos, independentemente da gestão política que por isto só é possível com o fortalecimento e maior autonomia dos Conselhos Municipais, seja de Educação, Saúde, Turismo, Planejamento, etc.

Os conselhos municipais devem ser representativos, a fim de termos a vontade do povo representada e defendida na hora da tomada de decisões, no acompanhamento e fiscalização da execução das obras públicas e prestações de contas; e tais diretrizes devem estar contempladas no Plano Diretor e no Plano Plurianual.

Como podemos ver, temos nosso dever de casa para termos um mundo melhor, mas isto vai muito além de pouparmos água e energia, não desperdiçarmos alimentos, sermos menos consumistas, tratarmos de nosso esgoto e darmos uma destinação adequada ao lixo que geramos. Mecanismos que nos propiciem uma cidade mais segura, sem desemprego, com coleta seletiva do lixo, com opções de transporte público, com opções de lazer e cultura, com mobilidade e acessibilidade onde todos nós somos iguais mesmo com nossas diferenças, são aspectos que não dependem apenas de nós cidadãos, dependem muito mais de política públicas e políticos comprometidos e com vontade de fazer diferente.  Dentro desta linha de pensamento surgiu o “Programa Cidades Sustentáveis”, por iniciativa da sociedade civil organizada, com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade das cidades brasileiras, buscando melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da população em geral. Em 2012, o Programa Cidades Sustentáveis lançou uma Carta-Compromisso, destinada aos partidos políticos, candidatos e prefeitos, com o intuito de ajudar os gestores públicos a melhorar a qualidade de vida de suas populações.  Na prática, essa carta representa um compromisso por parte das prefeituras em trabalhar prioridades administrativas que levem em consideração as variáveis econômicas, sociais, ambientais e culturais, de acordo com o contexto local. Em 2016, a Carta-Compromisso do Programa Cidades Sustentáveis passa a incorporar os ODS-Agenda 2030 da ONU e, novamente, estará à disposição de partidos políticos e candidatos às prefeituras municipais para se somarem a esta mobilização global.

Ou seja, não é necessário que nossos políticos sejam PHD em Meio Ambiente, basta apenas o comprometimento com a causa ambiental e a humildade em aceitar ajuda de quem entende da coisa! Pense nisto.

 

Para saber mais, veja:

http://www.cidadessustentaveis.org.br/gps

 

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