A CIDADE QUE QUEREMOS, A CIDADE QUE PRECISAMOS!
A busca de melhores oportunidades tais
como acesso a educação, ofertas de emprego acesso a cultura e lazer, acesso a
centros médico hospitalares, enfim, tudo isto foi contribuindo crescentemente
para que hoje mais da metade da população mundial se concentre em zonas urbanas
e consequentemente uma intensa e desordenada urbanização com o maior consumo de
todo tipo de produtos e serviços. Com isto as cidades vêm tornando-se cada vez
mais locais de maior degradação ambiental, com geração diária de toneladas de
lixo e esgoto, emissões de gases tóxicos e poluentes, elevada queima de
combustíveis fósseis entre outras formas de agressão ao meio. Isto somado as
grandes transformações socioeconômicas, ambientais, tecnológicas e culturais
nos dá a sensação de que há uma crise de governança e de valores, onde é
vendida uma ideia totalmente equivocada a respeito de Crescimento e
Desenvolvimento. Você amigo leitor, já parou para refletir que em se falando de
cidades, crescimento e desenvolvimento não são sinônimos? E o que é melhor para
nós que vivemos a cidade? Desenvolvimento ou Crescimento? (Eis um tema oportuno
para se refletir as vésperas das eleições municipais, mas não vou discorrer
sobre isto agora, deixo apenas a pergunta).
Mas apesar de toda esta problemática, ainda
está em tempo de minimizarmos e coibirmos certas ações e tornarmos as cidades
ambientes mais agradáveis, seguros e saudáveis para se viver. Dentre as grandes
ferramentas para isto posso citar o Planejamento Urbano voltado para o
Urbanismo Sustentável. Um modelo de urbanismo que propõe construir cidades de
forma inteligente, pensada para seus habitantes hoje e para os próximos anos,
que busca tornar a cidade sustentável, segura e agradável para as atuais e as
próximas gerações que irão habitá-la.
Este Planejamento deve considerar as interações existentes entre os
diferentes aspectos do município: econômico, cultural, social, ecológico,
tecnológico, tributário, demográfico etc.; envolvendo os diversos órgãos
municipais relacionados a esses temas e realizar uma análise integrada de todas
as informações. A cidade deve ser vista entendida e planejada como um todo, e
não de forma segmentada, pois do contrário ações de um segmento poderão
refletir de forma negativa em outro, como vemos ocorrer há anos! (Como por
exemplo: a secretaria de obras resolve limpar o rio e coloca os sedimentos na
margem do mesmo causando um problema para a secretaria de meio ambiente). O
planejamento também deve considerar os projetos a curto, médio e longo prazo,
assegurando a continuidade dos programas, especialmente obras de
infraestruturas e programas de benefícios aos cidadãos, independentemente da
gestão política que por isto só é possível com o fortalecimento e maior
autonomia dos Conselhos Municipais, seja de Educação, Saúde, Turismo,
Planejamento, etc.
Os conselhos municipais devem ser representativos,
a fim de termos a vontade do povo representada e defendida na hora da tomada de
decisões, no acompanhamento e fiscalização da execução das obras públicas e
prestações de contas; e tais diretrizes devem estar contempladas no Plano
Diretor e no Plano Plurianual.
Como podemos ver, temos nosso dever de
casa para termos um mundo melhor, mas isto vai muito além de pouparmos água e
energia, não desperdiçarmos alimentos, sermos menos consumistas, tratarmos de
nosso esgoto e darmos uma destinação adequada ao lixo que geramos. Mecanismos
que nos propiciem uma cidade mais segura, sem desemprego, com coleta seletiva
do lixo, com opções de transporte público, com opções de lazer e cultura, com
mobilidade e acessibilidade onde todos nós somos iguais mesmo com nossas diferenças,
são aspectos que não dependem apenas de nós cidadãos, dependem muito mais de
política públicas e políticos comprometidos e com vontade de fazer
diferente. Dentro desta linha de
pensamento surgiu o “Programa Cidades Sustentáveis”, por iniciativa da sociedade
civil organizada, com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade das
cidades brasileiras, buscando melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da
população em geral. Em 2012, o Programa Cidades Sustentáveis lançou uma
Carta-Compromisso, destinada aos partidos políticos, candidatos e prefeitos,
com o intuito de ajudar os gestores públicos a melhorar a qualidade de vida de
suas populações. Na prática, essa carta
representa um compromisso por parte das prefeituras em trabalhar prioridades
administrativas que levem em consideração as variáveis econômicas, sociais,
ambientais e culturais, de acordo com o contexto local. Em 2016, a
Carta-Compromisso do Programa Cidades Sustentáveis passa a incorporar os
ODS-Agenda 2030 da ONU e, novamente, estará à disposição de partidos políticos
e candidatos às prefeituras municipais para se somarem a esta mobilização global.
Ou seja, não é necessário que nossos
políticos sejam PHD em Meio Ambiente, basta apenas o comprometimento com a
causa ambiental e a humildade em aceitar ajuda de quem entende da coisa! Pense
nisto.
Para saber mais, veja:
http://www.cidadessustentaveis.org.br/gps
4 Comentários
Muito bom
ResponderExcluirObrigada Franciane!
ExcluirMuito importante ter uma arborização adequada para cada local, bem instrutivo.
ResponderExcluirObrigada! Estamos à disposição para auxiliar neste sentido!
ExcluirOlá tudo bem?
obrigado pelo seu contato, assim que possível entrarei em contato.
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5548991110967